Em um dado momento, a família detentora de um negócio, irá refletir sobre o tema da Governança Corporativa.
E aí é que surgirão uma série de debates e questionamentos de como será este processo de estruturação da empresa familiar.
A dica é a máxima, quanto antes este processo se iniciar, melhor será para o negócio, para a família e para todos os envolvidos no negócio.
A estruturação da Governança Corporativa vai muito além do que apenas estrutura a empresa, ela incide, reflete e se aplica no âmbito da família.
A muito tempo, a separação entre o ambiente familiar e o negocial deixou de existir. Em tempo atrás, havia essa obrigatoriedade de separação de ambientes: aqui eu discuto questões de família e ali eu discuto negócios. Para o bem de todos, diga-se de todos esses pilares, é preciso que haja um discurso único, onde os temas estejam alinhados e estruturados, seja no ambiente negocial ou familiar, acertados, para que alcance um único fim, qual seja, o sucesso do negócio e principalmente, o sucesso familiar.
Os valores da família devem ser estendidos ao ambiente de negócio, são eles que darão a direção empresarial.
A Governança Corporativa é:
– o facilitador para o desenvolvimento de uma visão estratégica;
– uma ferramenta que traz resiliência para a organização nos momentos de crise;
– um impulsionador da competividade dos negócios;
– um aporte para empresa que traz visibilidade no mercado;
– um sistema organizacional e propulsor de crescimento do negócio;
– um agente de atração para investidores, com acesso ao capital;
– e, por fim, um modo de se obter a valorização da empresa.
Assim, a família detentora de negócio, deve o quanto antes ajustar a sua estrutura de negócio e de família, em um base onde a Governança Corporativa esteja bem alicerçada e definida.
A Governança Corporativa cuida da empresa e da família. Prepara a família para o negócio. Fortalece as relações entre o negócio e a família.
A conversa sobre negócio agora deve ser incorporada ao ambiente familiar, pois é nesta estrutura que estará a direção da empresa no futuro. Preparar a família, desenvolver capacidades, utilizar-se de programas de mentoria com objetivo de agregar conhecimento técnico para eventual cargo de administração ou simplesmente, capacitá-los para buscar representantes e conselheiros com capacitação técnica, devem ser os objetivos da empresa familiar.
Dra Marta Patrícia Bonk Rizzo
Advogada inscrita na OAB/PR 23.017