Você já deve ter ouvido que “Uma empresa é feita de pessoas, e que estas, em suas diversas relações formam uma cultura organizacional”.
Como é possível, desta forma, construir a melhor cultura organizacional de uma empresa? A resposta é simples: cuidar das pessoas.
Cada empresa tem sua realidade, sua diversidade, seus problemas e configurações que podem direcionar para o sucesso ou o fracasso de uma empresa.
Em grandes empresas, com muitos colaboradores, é preciso ter uma missão muito clara das relações para constituir e estabelecer uma cultura.
A “Grande Renúncia”, movimento pós pandemia observado nos EUA e perceptível no Brasil, no qual pessoas estão deixando seus ambientes de trabalho por não concordar com a cultura da empresa, onde o desalinhamento de valores é um ponto de questionamento dos colaboradores a ponto de optarem em promover a demissão voluntária de seus cargos
Por diversos anos, as empresas se preocupavam em estabelecer a “missão” e os “valores”, no entanto, seus gestores esqueciam de ser exemplo dentro do ambiente empresarial, de exercer efetivamente os princípios escolhidos e valorados.
O tema “diversidade” é um dos pontos que estão nos “tops” de discussão das empresas. Ao abraçar e levantar a bandeira da diversidade, muitas empresas, no atual cenário, efetivamente precisam colocar este valor em prática. Não basta mais levantar a bandeira da “diversidade”, é preciso efetivamente colocá-la em prática.
Oportuno, é a reflexão do que é cultura. De forma simples, é algo que não deve ser efetivamente o que se encontra na parede, em quadros que espelham a missão e valores da empresa, uma arrazoado de palavras bonitas, mas sim, o que se faz na prática, no dia a dia da empresa.
Basicamente, cultura pode ser percebida com o entendimento de alguns questionamentos, por ex. Quais são os comportamentos que são bem-vistos pela empresa? O que eu não posso fazer dentro da empresa, que não será bem-visto?
Cultura é o que acontece dentro da empresa, seja ela explícita ou não. É a forma como as pessoas se relacionam, como se tratam, como se respeitam e em especial, é a maneira de como as coisas acontecem sem os líderes estarem presentes.
Ela se apresenta como um alinhamento, entre o que a empresa almeja e o que cada profissional dentro da empresa, almeja. É preciso que tudo isso seja alinhado na cultura organizacional.
Em outro aspecto, a cultura da empresa pode também ser a extensão do CPF do fundador, o que ele acredita, as crenças e o exemplo dele.
A responsabilidade de consolidar a cultura é, na maioria das vezes, do gestor. É a energia dele que será repassada aos demais colaboradores e profissionais.
O gestor muitas vezes pode não ser o fundador da empresa, mas se e se tiver absorvido esta energia, poderá sim dar continuidade à cultura organizacional.
É preciso um alinhamento e absorção da cultura da empresa por parte do gestor ou de seus colaboradores. Em um ambiente de discussão, uma vez definida a questão, caberá atuar em concordância com a decisão deliberada, após, é preciso um engajamento único e autoritário para alcançar os objetivos definidos.
Ainda, nesta visão da cultura empresarial, faz-se necessário a análise de valores, sendo que ao gestor é dada a multitarefa de fazer validados na vida cotidiana da empresa.
No que é tocante à constante melhor e estagnação, é indubitável que a melhora sempre é preciso, pois o mercado e mundo empresarial é dinâmico, precisa sim ser objeto de constante alterações. A empresa precisa ter este viés para mudar para melhor.
A cultura flexível é a que atualmente está se mostrando como a adequada, mas dentro deste espectro, é preciso ainda ter em mente, de que há valores que não podem ser alterados, não podem ser mudados.
Embora o conceito de cultura seja totalmente abstrato, é ela que transcende e transparece na marca da empresa.
Outro aspecto a cultura não é copiável, pois espelha cada empresa de forma única e individual.
A criação de rituais do empresário ou ainda, rituais da empresa são grandes oportunidades para a consolidação e fortalecimento da cultura.
Governança Corporativa – Cultura Empresarial, sua importância. Blog site: Bonk Rizzo Advocacia
Dra. Marta Patricia Bonk Rizzo, Advogada inscrita na OAB/PR 23.017, Conselheira Certificada pelo IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa
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